Por vezes existem dúvidas sobre se a condição de saúde súbita é grave ou não, e querendo o melhor para os nossos filhos, procuramos ajuda.
A ida à urgência deve ser considerada caso existam sinais de alerta que identificamos mais à frente.
Estudos recentes de um centro hospitalar português mostram que 48% das entradas na urgência ocorreram nas primeiras 24h de doença. A maioria teve alta sem realização de exames complementares de diagnóstico ou tratamento. Em face dos critérios estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde – OMS, só 19,7% das idas à urgência seriam consideradas “justificadas”.
O que pretendemos é munir os pais de ferramentas simples que os esclareçam sobre como actuar perante alguns dos sintomas de doença respiratória.
Por um lado, queremos que evitem deslocações desnecessárias e que possam promover o bem-estar das crianças em casa. Por outro lado, alertamos para a valorização alguns sinais de alerta e recomendamos que procurem ajuda, caso os identifiquem.
Sempre que existam dúvidas em relação aos cuidados ligue Saúde 24 – 808 24 24 24
Sinais de alerta
– Respiração rápida: bebés até um ano > 60 ciclos respiratórios por minuto; 1-3 anos >40 ciclos; 4-5 anos >34 ciclos; 6-12 anos >30 ciclos;
– Adejo nasal (nariz a abrir e fechar).
– Tiragem supraesternal (“covinha” abaixo da garganta) e intercostal (costelas salientes na inspiração).
– Respiração ruidosa: poderá ser um ruído mais agudo tipo apito, um som semelhante a um gatinho a miar, ou algo parecido ao som da água a ferver. Existem ruídos mais audíveis à inspiração e outros à expiração.
– Cansaço fácil: bebés com dificuldade em mamar; crianças com dificuldade em completar frases.
Resumindo, se identificar mais do que um destes sinais de alerta a criança está com dificuldade em respirar e deve ser vista rapidamente no médico ou na urgência.
Saúde para todos!
Nota: As informações que publicamos são direcionadas para as crianças de uma forma geral. É essencial seguir as recomendações específicas para a criança dadas pelo médico assistente.
Elaborado com colaboração do Enf. Paulo Fonseca (Enfermeiro e Formador experiente em cuidados de emergência em pediatria)